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A Qualidade que não é de Vida

     .

Capítulo 10:

 Revelações e Recomeços

    O sol da manhã de sábado atravessava as janelas amplas do novo apartamento de Gabriel e Maria,  agora localizado em um bairro tranquilo e ensolarado de Santa Rosa.   O lar,  aconchegante e arejado,  havia sido descoberto com a ajuda da Rummo Imóveis,  cuja equipe acolhedora os guiou com simpatia,  paciência e uma atenção tão personalizada que Maria brincava dizendo que tinham encontrado mais do que uma casa — haviam encontrado amigos.

  A mudança trouxe não apenas espaço e conforto,  mas também um respiro de leveza após meses de descobertas intensas.   A chegada de sua filha,  Helena — batizada em homenagem à mulher que inspirou toda a jornada — selava o novo capítulo de suas vidas.   Com os olhos fechados e respiração suave,  ela dormia em seu berço de madeira clara,  enquanto os pais,  sentados no sofá,  refletiam sobre tudo o que haviam vivido.

   Mas um último enigma ainda precisava ser desvendado.

   Foi durante uma caminhada pela praça central,  numa tarde de outono,  que conheceram o senhor Domingos — um homem de 96 anos,  de passos lentos,  mas mente afiada como navalha.   Ao ouvirem Gabriel mencionar o nome de Pedro,  Domingos interrompeu seus pensamentos e desviando seus olhos do prédio da antiga prefeitura,  sorriu com nostalgia.

   — Pedro?  Ah... o curioso.   Eu o conheci.   E também conheci Helena. 

   E continuou...

   —Jovens bons,  mas deixaram-se levar por um mistério que nunca existiu como pensavam.

   Gabriel e Maria o escutavam com atenção,  e agora com os olhos arregalados de expectativa.

   — Aqueles encontros misteriosos,  minha gente... 

   Continuou o ancião,  ajeitando o chapéu.

   — Eram só isso: encontros.   Um grupo de amigos influentes da cidade.   Às vezes,  pescarias no rio Uruguai.   Outras vezes,  galinhadas acompanhadas de um bom vinho na casa do vereador aposentado.   Mas como sabíamos que muita gente bisbilhotava,  deixávamos no ar um certo suspense.   Confesso que era divertido manter a cidade em dúvida.

   Maria apertou a mão de Gabriel,  rindo com alívio e surpresa.

   — E Pedro e Helena? — perguntou Gabriel,  quase em um sussurro.

   — Vítimas da própria imaginação.

   Respondeu Domingos, com ternura.

   — Helena era sensível,  e Pedro,  desconfiado demais.   Acabaram se afastando do grupo,  vendo sinais onde havia apenas encontros despretensiosos.   Não houve conspiração,  apenas silêncios mal interpretados.

   Enquanto o sol se punha por entre as árvores da praça,  Gabriel e Maria sentiram como se um ciclo se fechasse.   O mistério que os envolveu por tantos meses era,  na verdade,  uma história de suposições,  de ausências e do poder que o silêncio tem de alimentar o imaginário.

   Ao voltarem para casa,  cruzaram o hall iluminado do prédio,  decorado com plantas e quadros de artistas locais.   O novo lar parecia sorrir para eles,  como se dissesse:  Aqui,  começa uma nova história.

   Maria,  agora com um brilho diferente no olhar,  segurava a pequena Helena nos braços,  enquanto Gabriel fechava a porta devagar.

   — E pensar que tudo começou com uma chave escondida atrás do rodapé...

   Ela sorriu.

   — E agora temos nossa chave.   Nossa casa.   E uma nova vida se formando outra vez.

   No silêncio da noite,  apenas o som suave da respiração da filha preenchia o espaço.

   Mas um último capítulo ainda precisava ser escrito...   Será!?...

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   Santa Rosa, 05/04/2025.​

Agradecimentos/Créditos a Rummo Imóveis Ltda

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