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Um
novo jeito
de viver
a vida
Idelmir A Petrazzini
Corretor de Imóveis
CRECI-SC 64108F
(48) 99124-6407
A Qualidade que não é de vida
Capítulo 3
Presos em uma roda gigante
​​​​ As primeiras semanas na nova casa, foram um misto de ruptura e adaptação para Gabriel e Maria. A sensação de segurança no novo lar trouxe conforto, mas a rotina de trabalho de Gabriel parecia não dar trégua. As longas horas na fábrica, combinadas com a pressão de ser um dos funcionários mais experientes do setor, começaram a pesar em seus ombros.
Maria, por sua vez, dividia seus dias entre a organização do apartamento e os preparativos para a chegada do bebê. Ela havia transformado o espaço em um ambiente aconchegante e funcional, mas a solidão que sentia durante o dia era cada vez mais evidente. A nova cidade, embora promissora, ainda parecia distante de se tornar um lar completo.
Certa manhã, enquanto tomavam café, Maria desabafou:
— Gabriel, você já viu como estamos vivendo? Parece que estamos sempre correndo atrás de algo, mas nunca realmente aproveitando nada.
Gabriel olhou para a xícara de café em suas mãos e suspirou.
— Eu sei, Maria. Às vezes parece que estamos presos em uma roda gigante, rodando sem parar. A mudança para a nossa casa, nos deu um lar, mas ainda sinto que falta alguma coisa.
Nesse dia, Gabriel saiu para o trabalho com aquelas palavras ecoando em sua mente. Na fábrica, enquanto lidava com o barulho ensurdecedor das máquinas e as metas cada vez mais ambiciosas, ele percebeu que estava ligado no piloto automático. O peso da responsabilidade e a expectativa pelo bebê tornaram tudo mais difícil, e ele começou a se perguntar até que ponto aquele sacrifício fazia sentido.
Enquanto isso, Maria decidiu agir. Ela se lembrou de Dona Carmem, a corretora da Rummo Imóveis, cuja simpatia e conhecimento sobre a cidade deixou uma impressão positiva. Maria ligou para ela, pedindo conselhos sobre como se conectar melhor com a comunidade local.
Dona Carmem foi receptiva e cheia de ideias:
— Maria, você precisa conhecer a feira comunitária que acontece todo sábado no centro da cidade. É o coração de Santa Rosa. Lá você vai encontrar desde barracas de artesanato até comidas típicas, além de conhecer pessoas que vão adorar lhe receber.
Maria se animou com a ideia. No sábado, enquanto Gabriel descansava de uma semana exaustiva, ela foi até a feira. Logo ao chegar, foi envolvido pela energia do lugar: música ao vivo, risadas de crianças correndo entre as barracas, o cheiro de chimarrão e pratos regionais enchendo o ar.
Dona Carmem a esperava perto de uma barraca de mel artesanal. Apresentou Maria a várias pessoas da comunidade, e, em poucas horas, Maria sentiu como se finalmente começasse a pertencer àquele lugar. Ela voltou para casa renovada, e ansiosa para compartilhar tudo com Gabriel.
— Você deveria ir comigo na próxima vez, Gabriel — sugeriu, enquanto contava sobre as conversas, os sabores e as histórias que ouvira na feira.
— Parece incrível, Maria, mas, honestamente, eu nem sei se tenho energia para isso…
— respondeu Gabriel, com o cansaço evidente em seus olhos.
Na segunda-feira, Gabriel foi chamado para uma reunião com o coordenador da empresa. O recado era claro: a fábrica aumentaria as metas, exigindo ainda mais dos funcionários. Ele saiu da reunião com um peso no peito e um nó no estômago, sentindo que estava se afastando cada vez mais da vida que sonhava para si e para sua família.
Naquela noite, durante o jantar, ele não conseguiu mais esconder o que sentia:
— Maria, eu não sei quanto tempo mais consigo continuar assim. O trabalho está me consumindo, e eu tenho medo de que, quando nosso filho nascer, eu nem tenha forças para ser o pai que quero ser.
Maria segurou a mão de Gabriel com firmeza, os olhos cheios de preocupação, mas também de determinação.
— Então precisamos mudar. Não podemos continuar vivendo assim. Talvez possamos encontrar uma alternativa. Quem sabe a Rummo Imóveis ou até mesmo as pessoas que conheci na feira podem nos ajudar a descobrir novas oportunidades.
As palavras de Maria plantaram uma semente de esperança em Gabriel. Eles sabiam que não seria fácil, mas decidiram, juntos, buscar formas de equilibrar a vida e o trabalho. Talvez o segredo estivesse em olhar para além da rotina e explorar o que Santa Rosa realmente tinha a oferecer.
E, enquanto discutiam seus próximos passos, as cartas de Helena e Pedro voltaram a ser mencionadas. Maria sentiu que havia algo mais naquela história, algo que poderia inspirá-los a encontrar um novo caminho.
Naquela noite, enquanto o vento soprava pelas janelas, Gabriel e Maria se abraçaram, certos de que estavam prestes a iniciar outra jornada — não apenas de sobrevivência, mas de construção de uma vida que realmente valesse a pena.
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Santa Rosa, 28/12/2024​
Agradecimentos/Créditos a Rummo Imóveis Ltda.